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Publicação Original: 11/07/2009
25/06/2009 – pág. 02
 

Editorial – O serviço social surge no Brasil como uma medida dos poderes dominantes para frear o avanço do comunismo, na década de 1930, frente às inúmeras insatisfações dos trabalhadores do período de industrialização do país.

A profissão se consolidou na década de 1950 e ainda manteve viés conservador, de controle da classe trabalhadora, até os anos 70. No entanto, a transformação de seu conceito foi total, enlevada pelas lutas contra a ditadura e pelo acesso a melhores condições de vida ao longo dos anos 80. A partir de então, o serviço social vem afirmando projeto comprometido com a democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos. É nessa linha, da valorização dos Direitos Humanos, que vem atuando o poder público de Jaguariaiva, desde o início do ano, quando o novo prefeito, Otélio Renato Baroni (PT) assumiu o Executivo.
Alguns exemplos da correta utilização da estrutura pública na assistência social são apresentadas hoje em reportagem sobre projetos e geração de renda no município. A fábrica de sabão a partir de óleo usado ou os programas de confecção de roupas vão além do assistencialismo e partem para a inclusão social das famílias. O método que vem sendo experimentado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, em que não apenas se atende aos pedidos de quem procura a Prefeitura, mas garimpa-se pela cidade os que também precisam de ajuda e não têm coragem de pedir, certamente servirá de modelo.

Em Jaguariaiva, a assistência social é entendida como direito do cidadão e dever do poder público, realizada através de conjunto integrado de ações. Ao contrário do que ainda se vê em outras cidades, onde em vez de atenção direta à população, o que se faz é assistencialismo político, ou seja, aquelas “doações” de gestor “bonzinho”, que geralmente exige algo (voto, por exemplo) em troca.