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Pesquisa

Programa Feira Verde promove impacto social na vida de cerca de 200 pessoas ligadas à separação do lixo.

Com o sucesso do programa Feira Verde, implantado nesta semana pela prefeitura de Jaguariaíva, ficou em evidência que a separação do lixo só traz benefícios para a população e meio ambiente.

O intuito desde o início foi criar uma ação de impactos múltiplos, social, ambiental, econômico e educacional, por este motivo, o programa teve toda elaboração de suas diretrizes acompanhada pelo prefeito Juca Sloboda, sendo o resultado do trabalho conjunto das secretarias de Desenvolvimento Social, Agropecuária e Meio Ambiente e Comunicação Social, sob a supervisão do Gabinete.

Mensalmente são produzidas cerca de 80 toneladas de lixo somente no município de Jaguariaíva, sendo que, deste enorme volume, são separados aproximadamente 20 toneladas para reciclagem. Trabalho que poderia ser feito nas casas, mas acaba sendo realizado pelos catadores da associação.

Neste serviço árduo, todo lixo, incluindo sobras de comida, resíduos de banheiro, fraldas, garrafas, enfim, tudo que vem dentro de cada sacola é separado, mas nem tudo que deveria ser reciclado consegue passar pelas mãos dos 20 catadores que atuam exclusivamente separando o lixo na esteira.

O motivo disto é que muitas pessoas não separam o reciclável do orgânico, colocando tudo na mesma sacola, ignorando o destino destes materiais. Com o intuito de incentivar a coleta seletiva, a prefeitura implantou o Programa Feira Verde, onde o reciclável e inservível, que antes ia para a beira da rua ou era descartado nos rios, vira alimento na mesa do cidadão e oportunidade nas mãos dos catadores.

Para onde vai o lixo que não é lixo?

Com o Feira Verde, já se sabe que tudo que chegou no caminhão pode ser reaproveitado, basta apenas separar o ferro, o plástico, o vidro, os pneus, as lâmpadas e os demais materiais e fazer a destinação.

Cada material, de acordo com o responsável pelo aterro sanitário Osmar Sampietro de Oliveira, tem um destino diferente, na maior parte das vezes é comprado por usinas que fazem seu reaproveitamento ou incineração. “Materiais como a sucata de ferro e lataria vão para a siderúrgica, tetrapack (caixas de leite e semelhantes) são vendidos para uma empresa de Telêmaco Borba, todos os plásticos são vendidos para uma empresa de Sorocaba, já outros, como o vidro, são vendidos por apenas R$ 0,08 centavos o quilo, o valor paga apenas a viagem, mas pelo menos não fica na natureza”, explica.

O óleo usado, que também pode ser trocado por alimentos no Programa Feira Verde, será doado para o projeto “Óleo que Transforma” desenvolvido pelos jovens aprendizes e supervisionado pelo Departamento de Ensino Profissionalizante, pertencente à Secretaria de Indústria Comércio e Turismo (Smict). O material é comprado pela empresa parceira GRT de Ponta Grossa, que utiliza o óleo na fabricação de produtos de limpeza, biocombustível e ração animal. O valor será revertido para projetos do Jovem Aprendiz.

 Impacto Social

O valor arrecadado com a venda de recicláveis coletados no programa Feira Verde será rateado entre os associados, uma forma de aumentar a renda mensal dos 38 catadores, beneficiando indiretamente cerca de 200 pessoas, além de todo município com a limpeza das ruas e meio ambiente.

A prefeitura já dá todo suporte para os veículos, além de disponibilizar a esteira de separação e subsidiar a remuneração dos 38 cooperados.